segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Nova versão SIADAP entra hoje em vigor

Hoje entrou em vigor o novo modelo de avaliação da função pública. Esta nova versão difere da anterior por ser mais abrangente no objecto da avaliação. Enquanto que "ontem" eram avaliados (ou monitorizados...ainda não consegui compreender o que se fazia), apenas os funcionários, o SIADAP v. 2.0, aplica-se ao desempenho dos serviços, dirigentes e trabalhadores, independentemente da relação jurídica de emprego público.

Esta nova versão, a meu ver, é mais justa, e apresenta-se como uma clara melhoria face ao passado. A informação que resultará desses processos permitirá aos gestores públicos e aos governantes, uma maior racionalização de recursos, induzindo eficiência e eficácia na máquina do Estado.

Porém continuo com pertinentes dúvidas. Em primeiro lugar a avaliação como processo inclusivo, democrático e espaço de justiça social, onde devem prevalecem os argumentos, o bom senso e sobretudo a razão, está a ser usada principalmente como o filtro/razão legal para justificar as progressões nas carreiras, menosprezando-a.
Por fim (para já...), os moldes globais deste modelo de avaliação apresentam-se pouco difusos. Isto porque quando estamos a lidar com Pessoas, com sensibilidades, a avaliação torna-se especialmente perigosa para quem é avaliado, mas também para quem avalia. Face a isto continuo a considerar que o SIADAP é pouco humanizado, no sentido em que os resultados da avaliação são usados de forma curativa e não preventiva.

hummm...vamos lá ver se me torno mais claro que até eu já estou um pouco confuso...

Neste modelo de avaliação, o avaliado é confrontado no final do ano com a consecução dos objectivos inicialmente definidos e depois é tomada a decisão em função dos critérios. Neste caso a avaliação é meramente curativa, podendo ser ao mesmo tempo punitiva ou não. É sobretudo por este tipo de usos da avaliação que ela causa tanto ódio e repúdio junto de quem é avaliado...até eu que avalio me sinto mal com este tipo de abordagens.

Contudo, eu defendo um modelo mais humanizado, no sentido de que a avaliação deveria
constantemente acompanhar (a par) o avaliado para introduzir medidas de ajuste/correcção em tempo oportuno, para que até ao fim do ano todos os objectivos fossem alcançados e superados. Assim, estaria-se de facto a contribuir a melhoria da prestação global da máquina Estatal, promovendo a eficiência e eficácia no trabalho, mas também a relevância e a sustentabilidade da função pública.

Apesar de tudo, reforço a ideia de que a nova versão do SIADAP é já um passo em frente. Deve continuar a ser trabalhado e aperfeiçoado, para que nas próximas versões seja ainda mais abrangente e sobretudo mais sistémico, pois todos temos a ganhar com as avaliações.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Porque Avaliar...Humanum Est...

Todas as decisões que tomamos na nossa vida seja vida social, profissional, biológica, está assente em processos de avaliação, mais ou menos extensos, mais ou menos complexos, mais ou menos conscientes. Assim, a avaliação acompanha-nos desde os princípios da nossa existência enquanto pessoas humanas até ao ao dia Juízo final lá em cima.

Nunca tanto como nos dias de hoje se falou e deu tanta importância à avaliação, e tudo se avalia porque, à partida, tudo é avaliável. As complexidades e as complementaridades que, de forma crescente, têm vindo a caracterizar a evolução das sociedades e das suas políticas públicas, associadas a exigências mais elevadas dos cidadãos, agentes económicos e sociais e respectivas organizações sobre a respectiva racionalidade (face às escolhas possíveis de utilização de recursos escassos) e eficácia (relativizada pelas formas adoptadas, finalidades prosseguidas e modos de assegurar a sua concretização), contribuem decisivamente para integrar a avaliação como uma das componentes essenciais da formulação e execução das políticas públicas.

Neste quadro, quer como cidadão, e sobretudo quer como profissional ligado ao planeamento e execução de avaliações de projectos, tenho interesse nessas temáticas, particularmente nos modos como ela é planeada, conduzida e concluída.

Porque Avaliar Humanum Est, este blog quer ser um espaço de reflexão e partilha de ideias sobre a avaliação, mas sobretudo contribuir para o exercício de uma cidadania activa e responsável, na procura de construir uma sociedade mais plural, mais justa, mais solidária.

domingo, 2 de dezembro de 2007

The first post...The first Evaluation

In the beginning God created the heaven and the earth.

And God saw everything that He made. “
Behold,” God said, “it is very good.” And the evening and the morning were the sixth day.

And on the seventh day God rested from all His work. His archangel came then unto Him asking:
God, how do you know that what you have created is ‘very good’?
What are your criteria? On what data
do you base your judgement?
Aren’t you a little
close to the situation to make a fair and unbiased evaluation?

God thought about these questions all that day and His rest was greatly disturbed.

On the eight day God said, “
Lucifer, go to hell”.